A Cúpula para Ação em Inteligência Artificial, realizada em Paris nos dias 10 e 11 de fevereiro de 2025, reúne líderes globais, especialistas e representantes da sociedade civil para discutir os impactos da inteligência artificial (IA) no mundo contemporâneo. O evento tem como objetivo principal promover um diálogo internacional sobre o uso ético, inclusivo e inovador da IA, abordando desafios como regulação, impacto no mercado de trabalho e segurança digital.
Por que uma cúpula?
Nos últimos anos, a inteligência artificial avançou rapidamente, transformando setores como saúde, educação, transporte e segurança. No entanto, essa revolução tecnológica também trouxe preocupações significativas. Questões como a automação de empregos, o uso indevido de IA para disseminação de desinformação e a falta de regulamentação global têm gerado debates acalorados. Países como os Estados Unidos e a China lideram os investimentos em IA, enquanto nações em desenvolvimento buscam formas de se beneficiar dessa tecnologia sem ampliar desigualdades.
A cúpula surge em um momento crucial: governos e organizações percebem a necessidade urgente de estabelecer diretrizes éticas e regulatórias para garantir que a IA seja usada para o bem comum. O Brasil participa ativamente do evento, apresentando sua experiência com políticas públicas voltadas à inclusão digital e à governança responsável.
IA um novo problema
Apesar do potencial transformador da IA, a falta de uma governança global unificada representa um risco significativo. Entre os principais problemas estão:
Desigualdade no acesso à tecnologia: Países em desenvolvimento enfrentam dificuldades para acompanhar os avanços tecnológicos das nações mais ricas.
- Automação e desemprego: A substituição de trabalhadores por sistemas automatizados ameaça milhões de empregos em todo o mundo.
- Riscos éticos e de segurança: O uso indevido da IA pode levar à manipulação de informações, violações de privacidade e até mesmo ao desenvolvimento de armas autônomas.
- Falta de regulamentação global: Não há consenso entre os países sobre como regular o uso da IA, o que dificulta a criação de padrões internacionais.
Existe uma solução
Uma solução viável seria a criação de um marco regulatório global para a inteligência artificial, inspirado em acordos multilaterais como o Acordo de Paris sobre mudanças climáticas. Esse marco poderia incluir:
- Diretrizes éticas universais para o desenvolvimento e uso da IA.
- Incentivos para que empresas invistam em tecnologias inclusivas e sustentáveis.
- Mecanismos para monitorar o impacto da IA no mercado de trabalho e criar políticas públicas que minimizem os efeitos negativos da automação.
- Cooperação internacional para garantir que países menos desenvolvidos tenham acesso às inovações tecnológicas.
- Além disso, seria essencial promover a educação tecnológica global, capacitando trabalhadores para se adaptarem às mudanças trazidas pela IA.
A Cúpula para Ação em Inteligência Artificial é uma oportunidade única para alinhar esforços globais em torno do uso responsável dessa tecnologia transformadora. Embora os desafios sejam complexos, há caminhos viáveis para garantir que a IA seja usada como uma ferramenta para reduzir desigualdades e melhorar a qualidade de vida globalmente. Com medidas imediatas e compromissos claros, é possível equilibrar inovação tecnológica com ética e inclusão social, garantindo um futuro mais sustentável e equitativo para todos.