Medicamentos GLP-1 para emagrecimento podem custar ao McDonald’s US$ 428 milhões em vendas anuais
Ozempic e outros remédios que suprimem o apetite ameaçam modelo de negócios de fast food, reduzindo consumo e frequência dos clientes.
Uma nova análise de mercado aponta que medicamentos para perda de peso à base de GLP-1, como Ozempic e Wegovy, podem causar uma queda de até US$ 428 milhões nas vendas anuais do McDonald’s nos Estados Unidos.
Os remédios, que suprimem o apetite e reduzem os desejos por comida, estão se tornando cada vez mais populares, impactando diretamente o consumo de fast food e ameaçando o modelo de negócios das grandes redes.
Estudos mostram que usuários de GLP-1 relatam menor interesse por refeições calóricas, menor frequência em restaurantes e redução significativa no consumo de hambúrgueres, batatas fritas e refrigerantes. Analistas do setor estimam que, à medida que a adoção desses medicamentos cresce, o impacto pode se espalhar para outras marcas de fast food e afetar toda a cadeia de alimentos ultraprocessados.
Como os medicamentos GLP-1 afetam o McDonald’s?
Os medicamentos GLP-1 (como a semaglutida) são originalmente desenvolvidos para tratar diabetes tipo 2, mas se mostraram extremamente eficazes para a perda de peso. Eles agem imitando um hormônio natural que regula o apetite, a saciedade e os níveis de açúcar no sangue.
O principal efeito é uma redução significativa do apetite e dos desejos por comida, especialmente por alimentos calóricos, doces e ultraprocessados. Usuários relatam uma diminuição média de 30% no consumo diário de calorias. Alguns estudos sugerem que também podem reduzir impulsos para substâncias viciantes como álcool e cigarros.
- Menos apetite: Usuários sentem menos fome e tendem a evitar refeições calóricas e por impulso.
- Redução de frequência: Clientes vão menos vezes à lanchonete, cortando gastos recorrentes.
- Queda nas vendas: Estudo estima perda de até US$ 428 milhões por ano só nos EUA, caso a tendência se consolide.
- Efeito dominó: Outras redes de fast food e fabricantes de ultraprocessados podem ser afetados conforme o uso dos remédios se populariza.
Pacientes em tratamento tendem a fazer escolhas alimentares mais saudáveis, priorizando frutas, vegetais, aves e peixes, e consumindo menos lanches, guloseimas e fast-food.
Impactos para alimentação, mercado e o Brasil 🍔
A popularidade dos medicamentos GLP-1 está em ascensão. Analistas esperam que as vendas de medicamentos como Wegovy e Ozempic cresçam de bilhões para dezenas de bilhões de dólares nos próximos anos, com a patente de alguns deles terminando em 2026 (o que pode baratear os genéricos e aumentar ainda mais o consumo). Nos EUA, estima-se que 1 em cada 8 adultos já tenha tomado ou esteja tomando um agonista de receptor de GLP-1.
- Consumidores: Tendência de alimentação mais saudável e menor consumo de junk food entre usuários de GLP-1.
- Mercado: Fast food precisa inovar em cardápios, promoções e experiências para manter clientes e mitigar perdas.
- Brasil: Crescimento do uso de GLP-1 no país pode antecipar mudanças na indústria de alimentação e hábitos de consumo.
O mercado de ações já começou a precificar esse impacto, com índices de alimentos processados caindo, enquanto ações de empresas farmacêuticas como Novo Nordisk (produtora do Ozempic e Wegovy) e Eli Lilly (Mounjaro) disparam.
- Medicamentos GLP-1 como Ozempic podem tirar US$ 428 milhões das vendas do McDonald’s por ano nos EUA.
- Remédios suprimem apetite e reduzem frequência em fast food, pressionando o setor a se reinventar.
Perguntas frequentes 🔍
- O que são medicamentos GLP-1? Remédios como Ozempic e Wegovy, originalmente para diabetes, agora usados para emagrecimento por suprimir o apetite.
- Como afetam o consumo de fast food? Usuários sentem menos fome, evitam refeições calóricas e vão menos vezes a redes como McDonald’s.
- O impacto é só nos EUA? Não, a tendência pode se espalhar para outros países, inclusive o Brasil, conforme o uso aumenta.
- Fast food pode reagir? Sim, inovando em cardápios, opções saudáveis e promoções para atrair novos perfis de clientes.
- Isso é bom para a saúde pública? Especialistas apontam que a redução do consumo de ultraprocessados pode trazer benefícios à saúde coletiva.
A ascensão dos medicamentos GLP-1 está forçando a indústria de fast food e alimentos processados a reavaliar suas estratégias e se adaptar a uma nova realidade de consumo, onde a saúde e a perda de peso se tornam prioridades para uma parcela crescente da população.
O mercado global de medicamentos GLP-1 para emagrecimento deve ultrapassar US$ 100 bilhões até 2030, mudando hábitos alimentares e o setor de fast food no mundo todo.
ps: obgda por chegar até aqui, é importante pra mim 🧡